por Ciexpress
O estudo "Blocos de rua no Carnaval Brasileiro: entrelaçando alegria, transformação e inclusão social" oferece uma visão detalhada de como os blocos carnavalescos têm evoluído para além de meras festividades, transformando-se em verdadeiras plataformas de inclusão e promoção da diversidade social. Conduzido pela mestranda Márcia Aparecida Bolina e o Dr. Fabrício Ziviani, o estudo destaca a relevância cultural, social e econômica do carnaval, especialmente na forma como ele tem impactado positivamente a vida de grupos historicamente excluídos.
Os blocos de rua, segundo a pesquisa, são hoje uma das manifestações mais poderosas de resistência cultural e social. Além de unir pessoas de diversas classes sociais, etnias, gêneros e orientações sexuais, eles criam espaços onde a diferença é celebrada e a inclusão é uma prioridade. Esses blocos são ambientes onde minorias, como a comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência e a população negra, podem expressar livremente suas identidades, combatendo estigmas e preconceitos.
Blocos como o "Senta que Eu te Empurro", voltado para pessoas com deficiência, e o "Bloco do Amor", que celebra a diversidade sexual, são exemplos de como o carnaval se reinventa constantemente para abraçar a pluralidade brasileira. Além disso, blocos como o "Tá Pirando, Pirado, Pirou!", focado na inclusão de pessoas com transtornos mentais, reforçam o papel dos blocos como agentes de transformação social e inclusão.
Outro ponto central da pesquisa é a abordagem sobre como a Ciência da Informação pode ser utilizada para preservar e organizar o vasto patrimônio cultural gerado pelo carnaval. A pesquisa sugere que, com o uso de ferramentas de catalogação e gestão de dados, as manifestações imateriais, como as músicas, danças e tradições dos blocos, podem ser documentadas e preservadas para as futuras gerações.
A transdisciplinaridade da Ciência da Informação é vista como uma chave para a continuidade do impacto positivo do carnaval. Através dela, é possível estruturar, disseminar e ampliar o conhecimento sobre o evento, garantindo que ele continue a ser um espaço de celebração da diversidade cultural e de inclusão social.
O estudo também discute o significativo impacto econômico do carnaval. Com uma movimentação anual superior a R$ 8 bilhões, segundo dados do Ministério do Turismo, o carnaval gera empregos temporários, fomenta o turismo e incentiva o comércio local. Cidades como o Rio de Janeiro e Salvador experimentam um boom no setor de serviços, com hotéis, bares, restaurantes e empresas de transporte beneficiando-se diretamente do aumento no fluxo de turistas.
O evento também fomenta a economia criativa, gerando demanda por fantasias, adereços, instrumentos musicais e performances artísticas. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que o carnaval emprega cerca de 70 mil pessoas temporariamente a cada ano, consolidando-se como um dos motores da economia cultural brasileira.
Embora o carnaval como um todo ainda não tenha sido reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, diversas manifestações ligadas ao evento, como o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e o Frevo Recifense, já receberam esse reconhecimento. Os blocos de rua, com sua rica história e importância social, estão cada vez mais sendo vistos como um patrimônio cultural essencial para o Brasil, representando tanto a herança cultural quanto a capacidade de transformação social do país.
A pesquisa também alerta para os desafios enfrentados pelos blocos de rua, especialmente em relação à comercialização do carnaval e às desigualdades sociais que ainda permeiam o evento. Enquanto muitos blocos são gratuitos e acessíveis a todos, alguns se tornaram eventos privados, limitando a participação de foliões de classes sociais mais baixas. O estudo propõe que políticas públicas mais inclusivas e acessibilidade plena sejam prioridades para garantir que o carnaval continue sendo uma festa verdadeiramente democrática.
O trabalho de Bolina e Ziviani é um convite à reflexão sobre o papel do carnaval na construção de uma sociedade mais igualitária e inclusiva, evidenciando que o evento transcende a mera folia para se tornar um motor de transformação social.
Para mais informações, acesse:
BOLINA, Márcia Aparecida; ZIVIANI, Fabrício. Blocos de rua no carnaval brasileiro: entrelaçando alegria, transformação e inclusão social. Ciência da Informação Express, Lavras, v. 5, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.60144/v5i.2024.115. Acesso em: 23 set. 2024.
*Texto elaborado com apoio de inteligência artificial, Large Language Model ChatGPT e autorização de divulgação do autor.
Top! 👏
Parabéns Márcia!